
Após estes seis anos, com a dissipação da poeira da História, é possível compreender melhor as razões e os própositos que justificam a escala do terror e as novas cartadas em jogo no sistema internacional. [...]
A Doutrina Bush é a Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, encaminhada pelo presidente George W. Bush ao Congresso em setembro de 2002 , sob o impacto dos atentados de 11 de setembro de 2001, e revista no segundo mandato, em março de 2006. Trata-se, de fatp, de uma articulação de direita que, desde 1970 tenta impor suas ideias para mudar os rumos da política externa americana, com o intuito de criar as condições para um novo Oriente Médio, no qual os EUA teriam influências diretas.
Logo após os ataques de 11 de setembro, análises conservadoras apontavam que os futuros conflitos adviriam de um choque entre o Ocidente, judaico-cristão, e o Oriente, islâmico e multifacetado, oque configurava a adoção de uma postura maniqueísta do Bem contra o Mal.
O alvo da Doutrina Bush não se resume apenas, a combater o terrorismo islâmico. Ela nada mais é que o inicio da aplicação da teoria dos falcões, ou seja, do novo imperialismo alinhado com Israel. Após o bárbaro ataque ás torres gêmeas e ao Pentágono, a sociedade americana, antes relutante em apoiar projetos de intervenção direta, passou a endosar as medidas de exceção.
A Doutrina Bush, ao crias o "Eixo do Mal", criou também as condições para perpetuar o que o escritor Démetrio Magnolio denomia "época de barbárie", ou seja, não é uma declaração de guerra a um Estado, mas ao terror, e este é difuso e não tem residência fixa.
Cabe, sem dúvida, uma reflexão acerca do conceito de terrorismo. Teoricamente considera-se terrorismo "o uso da violencia sistemática, com objetos políticos, contra civis ou alvos militares que não estejam em operação de guerra". Como explicar, porém, ações de Estado como os ataques a Hiroshima e Nagasaki, ao final da segunda Guerra Mundial, e as ações israelenses nos territórios palestinos e agora no Sul do Líbano? Há que se estabelecer uma nova classificação de território o Estado. E é por meio dele que as potências militares sustentam a tese de que a melhor defesa é o ataque.
(Silva, Angela Corrêa da. A sindrome do 11. Revista discutindo geografia. São Paulo: Escala Educacional , 2006. ADAPTADO )
Bruna Stefanie.
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